“Logo que me formei fui morar em Porto Alegre, onde estava atuando na área. Em uma manhã recebi uma ligação, às 8h de uma sexta feira, perguntando se eu estava trabalhando e se tinha algum interesse em ir para a Índia, para começar um programa de treinamento para ser DBA (administrador de Banco de Dados). A pessoa que me ligou falou sobre o programa, dizendo que seriam 6 meses na Índia, 2 semanas no Brasil de descanso e mais 6 meses na Argentina. Após esse ano de treinamento eu iria para os EUA provavelmente para Miami para atender os clientes do Brasil que lá estão.
A recrutadora ficou de me mandar à proposta por e-mail, no mesmo instante. Minha decepção foi que ela não mandou, fiquei o fim de semana inteiro na angústia... Pensei até que fosse um trote.
- Segunda-feira: a recrutadora voltou a me ligar, falou mais alguns detalhes de salários e me enviou uma proposta pediu que eu olhasse e que no dia seguinte iria ligar para confirmar se eu tinha interesse.
- Terça-feira: recebi a ligação e confirmei o interesse, então foi marcada uma entrevista, através de uma videoconferência, para testar o meu inglês.
- Quarta-feira: recebo outra ligação, agora as perguntas eram mais técnicas queriam saber se eu tinha alguma experiência com Oracle ou PL/SQL.
- Sexta-feira: foi feita uma videoconferência com um americano que estava na Argentina (esse por sinal é um dos sócios da empresa, só fui saber depois). Após essa entrevista ela disse que me ligaria nos próximos dias para dar o resultado, 20 minutos após a entrevista, recebi a ligação informando que eu havia passado e que tinha providenciar o passaporte e visto para permanência na Índia.
As duas semanas que seguiram forma só para conseguir o passaporte e o visto. Todo o processo do pedido a aprovação demorou menos de um mês. Com tudo ok, recebi as minhas passagens para sair do Brasil no dia 16 de maio. Eu e os outros quatro trainees brasileiros embarcaram no mesmo voo para a Hyderabad (Índia), que é local onde iríamos trabalhar/estudar.
Chegando em Hyderabad, fomos recebidos no aeroporto pela nossa recrutadora e por uma funcionária indiana da empresa. Fomos levados para nossa casa... Chegando fomos surpreendidos pela casa que a empresa nos cedeu, um mansão de 3 andares com 4 suítes, um empregado a disposição e com as todas as despesas pagas. O único problema (ou não) e que nos moramos com o nosso Vice Presidente da Índia.
Chegando na empresa todos foram solícitos e atenciosos, no dia que chegamos tinha uma festa para comemorar os 50 funcionários da sede na Índia (o escritório em Hyderabad tem + ou - 1 ano), já nos deparamos com a tradição local, a de sujar os outros com bolo!!! Por sinal o prédio que trabalhamos e enorme, e a sala da empresa também.
Sobre o treinamento temos um ótimo professor indiano, nosso horário e das 9h ás 18h, estamos vendo desde o SQL até a parte de Core Oracle. Somos em 15 na sala sendo 5 brasileiros e 10 indianos (sendo 4 indianas ). Todos são recém-formados, mas com pouca experiência na área. Os colegas são muito solícitos assim como todos os indianos.
Algumas curiosidades aqui da Índia: a mão do transito é contrária, digas de passagem o transito caótico... A comida é super apimentada, além de ter hábitos e costumes estranhos, como por exemplo, o de não comer carne de vaca (animal sagrado na Índia).
Já fiz vários amigos, inclusive 2 brasileiros, tem vários estrangeiros morando aqui. A cidade em que estou e umas das mais desenvolvidas em termos de TI da Índia e em termos culturais também.
Minha passagem de volta para o Brasil esta marcada para o dia 18 de novembro de 2011.
Aos colegas ai no Brasil, fico a disposição para esclarecer qualquer dúvida ou ajudar no que for preciso.”
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